Inovação

Dicas para criar uma loja virtual

A soma dos custos totais com hospedagem e domínio, por exemplo, investimentos essenciais para criar uma loja virtual, costuma ser muito menor do que um único aluguel na maioria das cidades brasileiras. Se estiver falando de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília então…

Algumas lojas físicas, inclusive, estão fechando as portas e migrando toda a operação para o universo digital.

E muita gente que, até pouco tempo, só se imaginava vendendo serviços e produtos em escalas pequenas, sem ultrapassar os limites do próprio bairro, hoje vende para todo o Brasil e, até, para o mundo – se ele agora é globalizado, por que não, né?

Se fizer uma busca no Google, encontrará muitos casos reais de sucesso na área do comércio virtual; gente que já faturou milhões vendendo produtos e serviços neste planeta cheio de janelas e oportunidades chamado “web”.

Um ótimo exemplo é a jovem empreendedora Isabela Matte, de 18 anos, que em 2012, com um investimento de R$ 500,00, deu o pontapé inicial a uma loja virtual voltada à venda de roupas para adolescentes que, hoje, fatura alto e já caminha em direção à internacionalização da marca.

Incrível, né?

Incrível, possível e motivador para muita gente que sonha em criar uma loja virtual e viver de e-commerce.

Gente como você, não é mesmo?

Ótimo! Porque se você sonha em viver dos lucros de uma loja virtual, assim como a jovem empreendera citada acima e outros tantos por aí, está no lugar certo. E o motivo é simples: o principal objetivo deste texto é fornecer dicas preciosas àqueles que estão prestes a criar uma loja virtual e se aventurar no concorrido mundo do comércio virtual.

Vamos às dicas?

NÃO SE ILUDA: CRIAR UMA LOJA VIRTUAL É FÁCIL, MAS É SÓ UM DOS PASSOS

Criar uma loja virtual é fácil: com a ajuda de profissionais e dos tantos tutorias à disposição dos internautas de plantão, qualquer pessoa consegue colocar uma loja virtual no ar em poucos dias.

O fato de a criação ser fácil, no entanto, costuma causar a ilusão de que ter sucesso também será, o que está longe de ser uma verdade.

A real é que não basta colocar sua loja no ar: é preciso estudar o nicho em que deseja atuar, analisar os passos da concorrência, pesquisar a demanda, criar personas e estratégias de divulgação alinhadas às necessidades e desejos delas, manter-se atento às tendências de SEO e tecnologias sempre mutantes disponíveis ao segmento, nunca descuidar do pós-venda e das ações de fidelização e por aí vai…

Quanta coisa, né? Com certeza! Mas saiba que elas não estão aqui para assustá-lo. Pelo contrário: foram citadas para evitar que se torne mais um frustrado que, depois de criar uma loja virtual às pressas e sem qualquer planejamento, hoje vive a afirmar aos quatro cantos que “esse negócio sucesso com e-commerce é ilusão”.

Pois não é! Não às pessoas realmente dispostas a ir muito além do básico.

Gente como você, certo?

TENHA UM PÚBLICO-ALVO BEM DEFINIDO

Quando perguntarem quem é o público do seu negócio, não responda “todo mundo” nem “qualquer um”.

Por favor.

Mesmo se o serviço/produto que você pretende oferecer possa ser usado por todo tipo de pessoa, de crianças a idosos, você precisa ter um alvo.

Atirar para todos os lados é o melhor caminho para não acertar nada, lembre-se disso.

Então, antes de criar sua loja virtual, invista energias e tempo na definição do público-alvo do seu negócio.

E cuidado, muito cuidado, para não se basear em achismos ou amostras sem representatividade na hora de fazer isso.

Não caia em raciocínios superficiais do tipo:

“Ah, se meu irmão gosta da camiseta que eu vendo, então meu público-alvo é formado por adolescentes…”

O método que lhe dará maior chance de assertividade é a pesquisa.

Por meio dela você obterá dados reais de mercado, informações de extremo valor e capazes de ajudá-lo na definição do foco do seu negócio.

Há, porém, a chance de o público-alvo precisar ser redefinido num segundo momento. Tenha isso em mente e não arranque os cabelos se por acaso acontecer.

Variações de faturamento, mudanças mercadológicas e opiniões colhidas de consumidores estão entre as variáveis que podem indicar necessidade de uma redefinição de público.

Mantenha-se atento aos sinais e recalcule a rota quantas vezes forem necessárias.

ESCOLHA A PLATAFORMA ADEQUADA

Na hora de escolher a plataforma para criar uma loja virtual, muita gente foca apenas nos aspectos visuais. E isso é um grande erro!

Boa aparência conta, não podemos negar. Conta tanto quanto em lojas físicas. No entanto, se está preocupado com o macro da coisa, ou seja, com sucesso do seu negócio, não pode focar apenas no layout e se esquecer de verificar se a plataforma em questão oferece:

OPÇÕES DE PAGAMENTO COMPATÍVEIS COM AS USADAS PELO SEU PÚBLICO E SUAS POSSIBILIDADES

O constante crescimento de vendas online tem aumentado também as opções de pagamento virtual.

A oferta tende a dançar conforme a demanda, certo?

Cielo, MOIP, PagSeguro, PayPal e MercadoPago são apenas algumas das muitas opções de ferramentas de disponíveis, e você precisa saber se a plataforma que pretende usar integra bem com elas e, também, se oferece um gateway próprio para pagamento.

Além disso, e de analisar se as taxas cobradas pelas ferramentas de pagamento não inviabilizam sua operação, deve optar por uma com a qual seu público já está familiarizado e confia.

Você faria uma transação online por meio de uma ferramenta da qual nunca ouviu falar?

SUPORTE TÉCNICO ACESSÍVEL

Você talvez ainda não saiba, mas “paus” acontecem.

Acontecem nas melhores lojas virtuais, porém, precisam ser resolvidos o quanto antes porque tempo é dinheiro, afinal de contas.

Sendo assim, verifique quais os canais a plataforma oferece em caso de problemas técnicos e outras necessidades.

Mais do que isso: avalie o tempo de resposta e, principalmente, pesquise a opinião dos usuários da plataforma.

Pode parecer algo sem importância, mas imagine o desespero de não obter respostas em caso de loja fora do ar, por exemplo.

Ah, e caso não fale inglês, não se esqueça de averiguar se a plataforma oferece suporte em português. A maioria já oferece, mas não custa nada averiguar para não acabar nas mãos do Google Translator ou daquele amigo professor de inglês.

BACK-END AMIGÁVEL

Front-end é a parte visível da coisa, aquela por onde o consumidor transita, compra, se cadastra…

Já o back-end, como você já deve estar imaginando agora, equivale aos bastidores da loja: é a ala usada para gerenciamento dos pedidos e mil outras coisas, onde você entrará diversas vezes por dia.

Portanto, o back-end precisa ser amigável, intuitivo, fácil de operar.

FACILIDADE PARA CRIAR LOJAS VIRTUAIS RESPONSIVAS

Boa parte das compras online hoje tem sido feitas por meio de smartphones e tablets, e esse número só tende a crescer.

Sendo assim, antes de contratar uma plataforma, verifique se ela possibilita a criação de lojas realmente responsivas, isto é, que se adaptem bem, sem perder as funcionalidades nem a atratividade, a todo tipo de dispositivo existente no mercado.

POSSIBILIDADE DE INTEGRAÇÃO COM REDES SOCIAIS

Já que seu público provavelmente está nas redes sociais, por que não integrar sua loja virtual a elas e ampliar suas chances de venda e relacionamento com quem interessa, né?

Redes sociais são a maior fonte de tráfego para muitas lojas virtuais, inclusive.

Antes de contratar uma plataforma, então, estude bem as possibilidade de integração com redes sociais que ela oferece.

POSSIBILIDADE DE ADIÇÃO DE PLUGINS

Plugins são extensões usadas para agregar funções às plataformas, ou seja, se bem usados, podem dar um up muito legal no seu e-commerce.

A WooCommerce, por exemplo, destinada aos sites feitos na plataforma WordPress, oferece diversos plugins capazes de adicionar muita coisa útil – diferente de “perfumaria” – a seu business.

Entre eles, apenas para ter um noção, vale citar 4:

Order Barcodes

Permite adicionar códigos de barras às ordens dos seus pedidos.

Improved Sales Badges

Possibilita a colocação de etiquetas de desconto em seus produtos.

WP image Zoooom

Ajuda você a oferecer a opção “zoom” na foto dos seus produtos.

WooCommerce Shop to Facebook

Permite que coloque sua loja dentro do Facebook. Integração com redes sociais pode ajudar muito, lembra?

ESTRUTURA ADEQUADA AO SEU NÍVEL DE CONHECIMENTO TÉCNICO

Existem plataformas que exigem certo conhecimento em desenvolvimento, como a Drupal.

Fuja dela se você está começando agora na brincadeira, sério.

Ela tem um código aberto, o que permite maior customização na hora de criar uma loja virtual. Mas de que isso adiantará se programação para você é grego?

Em casos de “leiguice” total em desenvolvimento, vale cogitar plataformas como a Wix e a Shopify.

DÊ UMA ATENÇÃO ESPECIAL À LOGÍSTICA

De acordo com o Sebrae, “O sucesso de uma loja virtual depende de uma excelente logística”.

E eles estão mais do que certos…

Se por acaso estiver pensando em vender um produto ou serviço totalmente virtual, como um e-book, por exemplo, as exigências no campo logístico serão bem menores, claro.

Já no caso da venda de produtos físicos, a necessidade de uma estrutura logística é muito parecida àquela exigida pelas lojas do comércio tradicional.

Em alguns casos, até é mais complexa, já que lojas virtuais se diferem das físicas em fatores como horário de funcionamento: nunca fecham as portas.

Portanto, antes de iniciar a operação, planeje cada detalhe.

Como controlará o estoque?

Como fará o envio?

Como manterá o comprador sempre ciente do status do pedido realizado?

Caso a transportadora escolhida para fazer as entregas tenha algum problema, qual o plano B? E o C?

Quais os problemas que podem acontecer?

Qual o melhor material para enviar o produto?

Em épocas concorridas como o Natal, o que farei para não atrasar entregar?

E uma porção de perguntas às quais deve ter respostas na ponta da língua, compreende?

Nosso conselho é: prepare-se sempre a um cenário exagerado de vendas, mesmo que ele não seja nada fácil de ser atingido.

Se estiver preparado para 10.000 vendas num só dia, por exemplo, dificilmente vai se enrolar ao receber 100 pedidos por semana.

E se por acaso, sorte ou competência conseguir os 10.000 pedidos, é provável que seja capaz de atender às expectativas dos compradores e, com eles, começar um processo de fidelização.

Aliás, falando nisso…

50 COMPRADORES FIÉIS VALEM MAIS DO QUE 1000 QUE NUNCA RETORNARÃO

Há muitos iniciantes no mundo das lojas virtuais que só pensam em conseguir novos clientes e se esquecem, totalmente, de trabalhar os compradores com o objetivo de fidelizados, ou seja, transformá-los em clientes recorrentes.

Pior ainda: às vezes ficam tão malucos por novos compradores que não dão nem a atenção básica aos que já são consumidores.

E o resultado é catastrófico: quem compra se frustra, nunca mais volta e, muitas vezes, ainda sai escrevendo opiniões negativas referentes à marca por todo canto, o que impede novas compras e… usando o português claro, ferra com tudo.

Por isso, além de pensar em estratégias para conseguir novos consumidores, precisa investir sua energia na criação de ações capazes de fidelizar aqueles que já efetuaram uma ou mais compras em sua loja.

Fidelizar é pouco: precisa pensar em formas para estabelecer uma relação forte e, se possível, emocional, com cada consumidor.

Deve achar formas de se manter sempre em contato, fornecendo conteúdo que a ele interesse de verdade; não apenas e-mails com o intuito de informá-lo a respeito de suas promoções.

NÃO SE ESQUEÇA DO MARKETING

Sem um bom plano de marketing você não irá muito longe, essa que é a verdade.

E caso você não entenda muito de marketing, nada de pedir ajuda àquele sobrinho que esboça uns garranchos: entre em contato com uma agência com know-how para ser considerada investimento, e não custo.

Pois é ela que:

Pensará em ações capazes de levar pessoas à sua loja.

Criará mecanismos para que ela se destaque em meio à concorrência.

O ajudará a transmitir seus valores e posicionamento ao seu público de forma clara, eficiente e atraente.

Se preocupará em fazer esforços de SEO para manter sua loja virtual no topo das buscas no Google.

Não deixará que pequenas faíscas, como reclamações de consumidores, tornem-se grandes incêndios capazes de queimar a reputação da sua marca.

E tantas outras atividades cruciais a qualquer negócio que abordaremos com maior profundidade num outro texto, focado apenas em marketing para lojas virtuais. Tudo bem?

O assunto é grande e merece muita atenção.

No mais, esperamos que tenha gostado das dicas e que elas o ajudem a criar uma loja virtual de muito sucesso.

Daniel Banin

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