Marketing

3 Razões para NÃO criar conteúdo para Instagram e o que fazer para ter resultados

Spoiler: o Instagram não está nem aí para o criador. Ele vive de anunciar, não de te dar alcance gratuito.

a ilusão do Instagram como “terra prometida”

Nos últimos anos, o Instagram se tornou o palco preferido para marcas, empreendedores e criadores que acreditam que “quanto mais conteúdo postar, mais clientes vão surgir”.

Mas a verdade é outra. O Instagram não é uma plataforma criada para te ajudar a vender mais ou se tornar famoso: ele foi desenhado para ganhar dinheiro com anúncios pagos. Essa é sua essência, seu modelo de negócio.

E isso muda tudo. Porque quando você deposita energia, tempo e criatividade em conteúdos orgânicos esperando resultados grandiosos, a frustração é quase garantida.

Neste artigo vamos explorar:

  1. As 3 razões principais para não criar conteúdo para Instagram (ou pelo menos não do jeito que você acha que precisa).
  2. Por que sem investir em mídia paga, até conteúdos bons sofrem para aparecer.
  3. Como os posts de datas comemorativas são a maior furada que as marcas ainda cometem.
  4. Estudos, dados e pesquisas que reforçam o que criadores e agências já sentiram na pele: postar mais não significa vender mais.
  5. Alternativas reais para construir autoridade, gerar demanda e ter retorno de verdade.


Razão 1 – Expectativas irreais: você não está competindo com “pessoas”, mas com o algoritmo

O Instagram não funciona como uma vitrine democrática. Ele é um leilão de atenção.

O que aparece no feed não é decidido pela ordem cronológica, mas sim pelo algoritmo — e esse algoritmo não está do seu lado.

Ele prioriza:

  • Conteúdos que geram engajamento imediato (curtidas, comentários, compartilhamentos).
  • Postagens que mantêm o usuário rolando mais tempo.
  • Criadores que já investem em impulsionamento, porque isso mostra que são potenciais anunciantes recorrentes.

Resultado: se você não impulsiona, mesmo posts criativos ou “bacanas” têm alcance mínimo.

E isso explica a frustração de muitos criadores: dedicam horas para um carrossel, uma arte trabalhada ou um vídeo bem produzido, mas recebem poucas visualizações.

Segundo um estudo da Hootsuite (2024), o alcance orgânico médio de um post no Instagram caiu para 9,3% dos seguidores. Ou seja, se você tiver 1.000 seguidores, menos de 100 vão ver sua publicação.

Razão 2 – Cansaço, saturação e perda de qualidade (o ciclo da exaustão)

A lógica de “postar todos os dias” é cruel:

  • O criador se sente pressionado a manter frequência.
  • Para não falhar, começa a produzir conteúdo apressado.
  • A qualidade cai, a audiência percebe e engaja menos.
  • O algoritmo interpreta como desinteresse e entrega ainda menos.
  • O criador se frustra, e muitas vezes desiste.

Esse ciclo foi apelidado por especialistas de Content Burnout.

Um relatório da HubSpot (2023) mostra que 41% dos profissionais de marketing digital sentem exaustão na produção de conteúdo para redes sociais. Isso acontece porque a lógica de “mais volume = mais resultado” não se sustenta no longo prazo.

Razão 3 – Métricas de vaidade vs resultados reais

Curtidas, seguidores e visualizações parecem bons indicadores, mas na prática são métricas de vaidade.
Elas não pagam boletos, não aumentam o caixa e, muitas vezes, não significam nada além de “alguém passou o dedo e tocou na tela”.

O que realmente importa?

  • Leads gerados
  • Cliques no link da bio
  • Vendas realizadas
  • Mensagens de clientes em potencial

Segundo a Sprout Social (2023), apenas 11% das empresas afirmam que o Instagram é sua principal fonte de vendas diretas. Para a maioria, ele é apenas um canal de relacionamento e branding — e isso muda a forma como você deve enxergar seus esforços lá.

O fator invisível: o Instagram não é seu aliado, ele é seu negócio

Aqui está uma das partes mais importantes que o vídeo reforça e que muita gente ignora:

O Instagram não existe para te ajudar. Ele não é sua plataforma, não é seu canal de vendas. Ele é um negócio bilionário cujo objetivo é vender anúncios.

Se você não investe em tráfego pago, a distribuição orgânica dos seus conteúdos será limitada. É o famoso pay to play:

  • Quer mais alcance? Pague.
  • Quer crescer mais rápido? Pague.
  • Quer que sua marca apareça na frente do público certo? Pague.

Ou seja: esperar que o Instagram vá, por boa vontade, entregar organicamente seus conteúdos é ingenuidade.

E isso gera a maior frustração de todas: o criador dedica tempo precioso, faz um conteúdo “bacana”, mas que acaba enterrado no feed porque não foi impulsionado.

O grande mito dos posts de datas comemorativas

Outro ponto crítico: os famigerados posts de “Feliz Dia dos Pais”, “Dia do Cliente”, “Independência do Brasil”.

A lógica por trás desses posts é rasa:

  • “Todo mundo posta, então eu também preciso postar.”
  • “Vai mostrar que minha marca está antenada.”

Na prática:

  • Sua postagem compete com milhares de outras iguais.
  • Sua audiência não reconhece relevância nesse conteúdo.
  • O engajamento é baixíssimo porque não agrega valor real.

É a maior furada.

Um estudo da Content Marketing Institute (2022) mostrou que posts sem conexão direta com a proposta de valor da marca têm 70% menos engajamento.

Ou seja: em vez de gastar energia em um card genérico de datas comemorativas, é melhor investir em algo autoral, que eduque, inspire ou resolva um problema da sua audiência.

O que fazer em vez de postar por postar

Agora vem a parte prática. Se Instagram não é a solução mágica, o que fazer?

1. Produza menos, mas melhor

  • Um post de alto valor por semana pode gerar mais impacto do que 7 superficiais.
  • Prefira conteúdos evergreen (que não “morrem” depois de 24h).

2. Diversifique canais

  • Blog (como este): gera tráfego orgânico e duradouro via SEO.
  • YouTube: vídeos longos constroem autoridade.
  • LinkedIn (para B2B): networking qualificado.
  • E-mail marketing: lista própria, sem depender de algoritmo.

3. Use o Instagram de forma estratégica

  • Mais como vitrine e canal de relacionamento, não como motor principal de vendas.
  • Combine orgânico + pago para otimizar esforço.

4. Diga não ao “conteúdo genérico”

  • Evite datas comemorativas sem sentido.
  • Foque em conteúdo que conecta com sua proposta de valor e resolve dor da sua persona.

Conclusão: Instagram é ferramenta, não estratégia

Criar conteúdo para Instagram pode até ter valor, mas não deve ser visto como o centro da sua estratégia de marketing.

Ele é apenas um dos canais — e um canal que, por natureza, foi desenhado para fazer você investir em anúncios.

A decisão inteligente não é abandonar a plataforma, mas sim entender seu papel real:

  • Não criar expectativas irreais.
  • Não medir sucesso por vaidade.
  • Não desperdiçar tempo em conteúdo sem valor (como posts de datas comemorativas).

A verdadeira estratégia está em produzir conteúdos que vivem além do feed, que constroem relacionamento e que, de fato, geram retorno para o seu negócio.

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